Dor de ser.

Eu – tão eu
Que dói de ser meu
o medo como dor
Do – eu
Não quero o meu que morre em mim
Dar-me eu
Perder-me é ser plenamente meu
Angústia do não suportar meu eu
Não cabe,
Se esvai, escorreu
Tomou formas do que me corroeu
Me perdeu
E agora, eu?
Como lidar com tudo que é tão seu?
Que é só seu,
Mas não é só?
Como lidar com todo esse nó,
Sem estar só, mas sendo eu?
O que fazer, meu eu?
Com o que sair do interior tão seu?
Sem te matar, sem me esconder do eu
Que também é meu?
Como sair do labirinto que entramos,
Eu – tão seu,
Meu eu?

RM.

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