Aprender a liberdade

Sinto-me livre e, como em toda liberdade, sinto-me também alegre e temerosa. O medo da desconhecida liberdade. Não ser mais escrava me traz o peso de ter que escolher. O que posso vir a ser é tão grande, e eu tão pequena. Eu posso tantas coisas e arcar com tudo me paralisa e me causa estranhamento. O novo é fascinante, quero tocá-lo, senti-lo quero vivê-lo. Mas ele é mistério e eu me acostumei a inferir. Permito-me parar um tempo aqui. Silenciar...

Gosto de pensar que não escolher é escolha.
Não querer é querer o nada.
Lado e avessos.
Mundo de possibilidades encontra-se no mesmo lugar: dentro de mim.
Nas minhas certezas e contradições. Em tudo que é meu. Sou tudo.
Sou tudo e, por isso, contenho também o nada.
Mas, o que vim dizer é que sou livre, e isso, que me pareceu distante um dia, toca minha pele e me chama para dançar. Tropeço em passos, mas danço. Flutuo na nova sensação de nada me deter, e no sonho de encontrar onde devo me prender para poder tocar o Céu.

Por Rafaelle Melo
Em 03/05/2010

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